quarta-feira, 29 de junho de 2011

Invocando o Nome do Senhor





INVOCANDO O NOME DO SENHOR

O que significa invocar o nome do Senhor? Alguns cristãos pensam que invocar o Senhor é o mesmo que orar a Ele. Sim, invocar é uma espécie de oração, mas não é simplesmente orar. A palavra hebraica usada para “invocar” significa “bradar”, “clamar”, “gritar”. A palavra grega usada para “invocar” significa “invocar uma pessoa”, “chamar uma pessoa pelo nome”. Em outras palavras: é chamar uma pessoa pelo seu nome, audivelmente. Embora a oração possa ser silenciosa, o invocar precisa ser audível.
Dois profetas do Velho Testamento ajudam-nos a ver o que significa invocar o Senhor. Jeremias nos diz que invocar o Senhor significa clamar a Ele e experimentar a respiração espiritual. “Da mais profunda cova, Senhor, invoquei o Teu nome. Ouviste a minha voz: não escondas o Teu ouvido aos meus lamentos, ao meu clamor.” (Lm 3:55-56).
Isaías também nos diz que o nosso invocar é o nosso clamor a Ele. “Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; Ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação. Direis naquele dia: dai graças ao Senhor, invocai o seu nome... Cantai louvores ao Senhor... Clamai e gritai, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti”. (Is. 12:2-6, lit.). Como Deus pode-se tornar a nossa salvação? A maneira é invocar o Seu nome, dar graças ao Senhor, cantar um hino, clamar e gritar. Tudo isto corresponde ao invocar mencionado no versículo 4!

Invocando o nome do Senhor no Velho Testamento

 

O invocar o Senhor começou na terceira geração da raça humana com Enos, filho de Sete (Gn 4:26). A história do invocar o nome do Senhor continuou ao longo da Bíblia com Abraão (Gn 12:8), Isaque (Gn 26:25), Moisés (Dt 4:7), Jó (Jó 12:4), Jabez (I Cr 4:10), Sansão (Jz (16:28), Samuel (I Sm 12:18), Davi (II Sm 22:4), Jonas (Jn 1:6), Elias (I Rs 18:24), e Jeremias (Lm 3:55). Os santos do Velho Testamento não apenas invocavam o nome do Senhor, eles até profetizaram que outros invocariam o Seu nome (Jl 2:32, Sf 3:9; Zc 13:9). Embora muitos estejam familiarizados com as profecias de Joel concernentes ao Espírito Santo, poucos têm prestado atenção ao fato de que receber o derramamento do Espírito Santo exige que invoquemos o nome do Senhor. Por um lado, Joel profetizou que Deus derramaria o Seu Espírito; por outro lado, profetizou que as pessoas invocariam o nome do Senhor. Esta profecia cumpriu-se no dia de Pentecostes (At 2:17a, 21). O derramamento de Deus necessita da cooperação do nosso invocar.

Praticado pelos crentes do Novo Testamento

 

Invocar o nome do Senhor foi praticado pelos crentes do Novo Testamento, começando no dia de Pentecoste (At 2:21). Enquanto Estevão estava sendo apedrejado para morrer, ele estava invocando o nome do Senhor (At 7:59). Os crentes do Novo Testamento praticaram invocar o Senhor (At 9:14; 22:16; 1 Co1:2; 2 Tm 2:22). Saulo de Tarso recebeu autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocavam o nome do Senhor (At 9:14). Isto indica que todos os santos primitivos invocavam Jesus. O seu invocar o nome do Senhor era um sinal, uma marca de que eles eram cristãos. Se nós nos tornamos aqueles que invocam o nome do Senhor, o nosso invocar vai-nos distinguir como cristãos.
O apóstolo Paulo enfatizou a questão de invocar quando  escreveu o livro de Romanos. Ele disse: “Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10:12-13). Paulo também falou sobre o invocar o Senhor em 1 Coríntios, quando ele escreveu as palavras: “com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1 Co 1:2). Além disso, em 2 Timóteo, ele disse para Timóteo seguir as coisas espirituais com os que, de coração puro, invocam o Senhor (2 Tm 2:22). Através de todos esses versículos, podemos ver que no primeiro século, os cristãos praticavam bastante o invocar o nome do Senhor.
Assim, ao longo do Velho Testamento, bem como nos primeiros dias da era cristã, os santos invocavam o nome do Senhor. Como é lamentável que isso tenha sido negligenciado pela maior parte dos cristãos por tanto tempo! Cremos que hoje o Senhor quer restaurar o invocar o Seu nome e quer que o pratiquemos para que possamos desfrutar das riquezas da Sua vida.

O objetivo do invocar

 

Por que necessitamos invocar o nome do Senhor? Os homens precisam invocar o nome do Senhor a fim de serem salvos (Rm 10:13). A maneira de orar silenciosamente ajuda as pessoas a serem salvas, mas não ricamente. A maneira de invocar, em voz alta, ajuda as pessoas a serem salvas de um modo mais rico e completo. Assim, precisamos encorajar as pessoas a se abrirem e a invocarem o nome do Senhor Jesus. O Salmo 116 nos diz que podemos participar da salvação do Senhor, invocando-O: “Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor” (v. 13). Neste único salmo, invocar o Senhor é mencionado quatro vezes (v. 2, 4, 13,17).  Como vimos anteriormente, a maneira de tirar águas das  fontes  da  salvação é  invocar  o nome  do Senhor (Is 12:2-4). Muitos cristãos nunca invocaram o nome do Senhor. Se você nunca invocou e nem sequer clamou diante do Senhor, é duvidoso que você já tenha desfrutado do Senhor de uma maneira rica. “Invocai seu nome... Clamai e gritai...” (Is 12:4, 6). Tente clamar diante Dele. Se você nunca clamou sobre o que o Senhor é para você, tente fazer isto. Quanto mais você clamar: “Ó Senhor Jesus, Você é tão bom para mim!”, mais você será liberto da sua própria pessoa, e preenchido com o Senhor. Milhares de santos têm sido libertados e enriquecidos através do invocar o nome do Senhor.
Outra razão para invocarmos o Senhor é para sermos libertos da angústia (Sl 18:6; 118:5), de problemas (Sl 50:15; 86:7; 81:7), de tristeza e dor (Sl 116:3-4). As pessoas que argumentam contra o invocar o Senhor já se acharam invocando-O quando estiveram sujeitas a certo problema ou doença. Quando nossas vidas estão livres de problemas, nós até podemos argumentar contra o invocar o Senhor. Entretanto, quando problemas vêm, ninguém precisará nos dizer para invocá-Lo, porque invocaremos espontaneamente.
Além disso, a maneira de participarmos da abundante misericórdia do Senhor é invocá-Lo. Quanto mais O invocarmos, mais desfrutaremos da Sua misericórdia (Sl 86:5).
Outra razão para invocarmos o Senhor é para que recebamos o Espírito (At 2:17a, 21). A melhor maneira e a mais fácil de sermos preenchidos pelo Espírito Santo é invocar o nome do Senhor Jesus. O Espírito já foi derramado. Simplesmente precisamos recebê-Lo, invocando o Senhor.
Isaías 55:1 diz: “Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas; e vós os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”. Qual é a maneira de comermos e bebermos o Senhor? Isaías nos dá a maneira no versículo 6 do mesmo capítulo: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Assim, a maneira de comermos o alimento espiritual para a nossa satisfação é buscar o Senhor e invocar o Seu nome.
Romanos 10:12 diz que o Senhor de todos é rico para com todos os que O invocam. A maneira de desfrutarmos das riquezas do Senhor é invocá-Lo. O Senhor não é apenas rico, mas também está perto e disponível, pois Ele é o Espírito que dá vida (I Co15:45). Como Espírito, Ele é onipresente. Podemos invocar o Seu nome a qualquer hora e em qualquer lugar. Quando O invocamos, ele vem até nós como o Espírito e desfrutamos de Suas riquezas.
1 Coríntios é um livro sobre o desfrutar de Cristo. No capítulo doze, Paulo nos diz como desfrutarmos Dele. A maneira de desfrutarmos do Senhor é invocar o Seu nome (12:3; 1:2). Toda vez que invocamos: “Senhor Jesus”, Ele vem como o Espírito, e nós bebemos Dele, o Espírito que dá vida (12:13).
Se eu chamo o nome de uma pessoa, e se esta pessoa é real, viva e presente, ela virá a mim. O Senhor Jesus é vivo, real e presente! Ele está sempre disponível. Toda vez que o invocamos, Ele vem. Você quer desfrutar da presença do Senhor com todas as Suas riquezas? A melhor maneira de experimentar a Sua presença com todas as Suas riquezas é invocar o Seu nome. Invoque-O enquanto estiver dirigindo numa estrada ou enquanto estiver trabalhando. Em qualquer lugar e a qualquer hora você pode invocá-Lo. O Senhor está perto e é rico para com você.
Além disso, invocando o nome do Senhor, podemos ser despertados. Isaías 64:7 diz: “Já ninguém há que invoque o Teu nome, que se desperte, e te detenha”. Quando sentimos que estamos fracos ou abatidos, podemos nos levantar e nos despertar, invocando o nome do Senhor Jesus.

Como invocar

 

Como devemos invocar o Senhor? Devemos invocá-Lo com um coração puro (2 Tm 2:22). O nosso coração, que é a fonte do nosso invocar, deve ser puro, nada buscando a não ser o próprio Senhor. Da mesma forma, devemos invocar com lábios puros (Sf 3:9). Necessitamos vigiar nossa conversa, pois nada contamina mais nossos lábios do que conversas vãs. Se nossos lábios são impuros devido a conversas vãs, será difícil para nós invocarmos o Senhor. Ao lado de um coração puro e lábios puros, precisamos ter uma boca aberta (Sl 81:110). Precisamos abrir bem a nossa boca para invocá-Lo coletivamente. Segunda Timóteo 2:22 diz: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”. Precisamos nos reunir com a finalidade de invocar o nome do Senhor. O Salmo 88:9 diz: “dia após dia venho clamando a ti, Senhor”. Portanto, deveríamos invocar o Seu nome diariamente. Além disso, o Salmo 116:2 diz: “... invocá-lo-ei enquanto eu viver”. Enquanto vivermos, deveremos invocar o nome do Senhor.

A necessidade de praticar

 

Invocar o nome do Senhor não é meramente uma doutrina. É muito prático. Precisamos praticá-lo diariamente e a toda hora. Nunca deveríamos parar a nossa respiração espiritual. Esperamos que muitas outras pessoas do povo do Senhor, especialmente novos crentes, comecem a praticar o invocar o Senhor. Hoje, muitos cristãos viram que podem conhecê-lo, que podem ser introduzidos no poder da Sua ressurreição, que podem experimentar Sua salvação espontânea e que podem caminhar em unidade com Ele, através de invocar o Seu nome. Em qualquer situação, em qualquer hora, invoque “Senhor Jesus, Ó Senhor Jesus!” Se você praticar o invocar o Seu nome, verá que esta é uma maneira maravilhosa de desfrutar as riquezas do Senhor. 

(Compilado por Benson Philips de mensagens dadas por Witness Lee. Invocando O Nome do Senhor - W. Lee.).



CEAPE


sábado, 18 de junho de 2011

O Homem Sendo Criado Conforme a Imagem e Semelhança de Deus





Na Criação de Deus
a Vida Humana sendo a Vida mais Elevada
O Homem Sendo Criado Conforme a
Imagem e Semelhança de Deus

O homem não apenas possui a vida criada mais elevada, como também foi feito à imagem de Deus, conforme a semelhança de Deus (Gn 1:26-27). A não ser o homem, nenhuma outra criatura tem a imagem e semelhança de Deus. O homem é a mais elevada das coisas criadas por Deus, e foi criado à imagem e conforme a semelhança de Deus. Na criação de Deus, o homem é o melhor recipiente preparado por Deus para o Seu plano. Em Seu plano Deus ordenou que os homens possuíssem Sua vida a fim de se tornarem os irmãos de Seu Filho. Para isso, em Sua criação, Deus fez com que o homem tivesse Sua imagem e semelhança.
Imagem se refere às partes interiores, tais como a mente, à vontade e a emoção. A mente, a emoção e a vontade do homem, as quais constituem o homem interior, foram criadas à imagem de Deus. Portanto, as funções humanas do pensamento, opiniões e amor se assemelham às de Deus.
A imagem de Deus também se refere às características de Seus atributos. Os mais notáveis dos atributos de Deus manifestados no homem são o amor, luz, santidade e justiça. Quando Deus criou o homem, o criou à Sua imagem, conforme os atributos de Suas virtudes, para que o homem pudesse expressá-Lo através dessas virtudes. Por isso, o homem possui o desejo de ter amor, luz, santidade e justiça, e essas virtudes às vezes são expressas em seu comportamento. O que o homem possui, na verdade, é só a imagem e não a realidade. O homem tem que receber a Deus como sua vida e conteúdo e então, o amor, a luz, a santidade e a justiça de Deus irão saturar e enriquecer as virtudes humanas de amor, luz, santidade e justiça, sendo então sua realidade.
Semelhança se refere ao corpo exterior, o qual constitui a homem visível. O corpo exterior do homem foi criado conforme a semelhança de Deus. Deus tem Sua semelhança. Antes que Deus tivesse encarnado para ser um homem, Ele se apresentou com freqüência às pessoas do Antigo Testamento na forma de homem (Gn 18:2, 16:17; Jz 13:9-10, 17-19). A forma do homem é a forma de Deus, porque o homem foi criado conforme a semelhança de Deus.

Para que o homem expresse a Deus

O propósito principal da restauração e da criação adicional de Deus era que o homem, um homem corporativo, expressasse a Deus (Gn 1:26-27). O homem que Deus criou era um homem corporativo. Deus não criou muitos homens. Deus criou a humanidade coletivamente em uma pessoa, Adão. Deus criou Adão, e Adão era um homem corporativo, um homem coletivo. Quando Adão foi criado, todos nós fomos criados. Todos fomos incluídos em Adão. Portanto, no versículo 26 Deus disse: "tenham" [Bíblia de Jerusalém]; embora se refira a um homem, é usado o plural. Isto demonstra que esse homem é um homem corporativo. Neste versículo, da mesma forma como o verbo "façamos" significa que Deus é triúno, assim o uso do verbo no plural significa que o homem é corporativo. Deus criou um homem corporativo com a sua própria imagem e conforme a sua semelhança para que o homem expressasse o próprio Deus.

Para que o homem exercite o domínio de Deus

Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem conforme a nossa semelhança: e tenham domínio" (lit.). Deus criou um homem corporativo para que exerça Seu domínio (Gn 1:26-28). A palavra domínio inclui muito mais que a autoridade. Domínio significa ter um reino como uma esfera na qual se pode exercer autoridade.
Para tratar com o inimigo de Deus
O primeiro aspecto da intenção de Deus é tratar com o seu inimigo, com Satanás, que é tipificado pelas coisas que rastejam (Gn 1:26). Na Bíblia, as coisas que rastejam são demoníacas, diabólicas e satânicas. A Bíblia usa uma serpente para tipificar Satanás (Gn 3:1). Em Apocalipse 12:9 Satanás é chamado de a "antiga serpente".
Na criação original de Deus, Ele tinha só um propósito: o de expressar-Se a Si mesmo. Porém, devido à rebelião de Satanás, agora Deus tem outro propósito: o de tratar com o seu inimigo. Para isso, Ele criou o homem à Sua própria imagem para que o homem O expressasse, e lhe deu domínio para que o homem tratasse com Seu inimigo.

Para restaurar a terra

O segundo aspecto da intenção de Deus em dar domínio ao homem é para que este restaure a terra (Gn 1:26-28). O homem precisa ter domínio sobre a terra para subjugá-la e conquistá-la. Conquistar a terra significa que o inimigo já está ali, que uma guerra está sendo travada. Portanto, temos que pelejar e vencer.
Para introduzir a autoridade de Deus
O terceiro aspecto da intenção de Deus em dar domínio ao homem é para que introduza a autoridade de Deus, para que exerça a autoridade de Deus sobre a terra. O homem tem que exercer a autoridade de Deus para que o reino de Deus venha a terra, que à vontade de Deus seja feita na terra e que a glória de Deus seja manifestada na terra.
Deus Colocando o Homem Diante da Árvore da Vida para que o Homem O Receba como Vida
Depois que Deus criou o homem, ele não colocou a vida divina dentro do homem. Em vez disso, deu ao homem o livre arbítrio; Ele queria que o homem exercitasse o livre arbítrio para escolher, para tomar Sua vida. Assim, colocou o homem diante da Árvore da Vida.
A fim de dar uma oportunidade ao homem para escolher, Deus pôs a árvore do conhecimento do bem e do mal ao lado da Árvore da Vida. A Árvore da Vida representa Deus como a fonte da vida; a árvore do conhecimento do bem e do mal denota Satanás como a fonte da morte. Estas duas árvores representam as duas fontes do universo. Muitas pessoas pensam que se Deus não tivesse permitido que a árvore do conhecimento do bem e do mal estivesse ao lado da Árvore da Vida, então não haveria problemas depois. Na verdade, Deus não fez isso dessa maneira. Ele é grande. Ele é tão atrativo como Deus de glória. Ele não forçou o homem para que O escolhesse. Ao contrário, ele permitiu que o homem exercitasse seu livre arbítrio para que escolhesse o que considerava bom. Era de acordo com tal princípio que, no jardim do Éden, Deus colocou Adão diante das duas árvores; Ele queria que o homem O escolhesse, que O tomasse como sua vida.
(W. Lee. Lições da Verdade, Nível Um, Volume 1. Living Stream Ministry, 1986, Lição 3, págs. 31 a 42).

            CEAPE

O Homem Criado para Expressar Deus






PARA A EXPRESSÂO DE DEUS

 

O homem foi feito para expressar Deus. Tanto imagem como semelhança denotam expressão. Quando Deus criou o homem à Sua imagem e à Sua semelhança, Ele não colocou a vida divina dentro dele. A vida divina não foi infundida ao homem criado até que Jesus por nós veio, morreu e foi ressuscitado. Agora, quem quer que creia Nele tem a vida eterna (Jo 3:16). Se tivermos o Filho, temos esta vida divina. Se não temos o Filho, não temos esta vida (1 Jo 5:12). A vida de Deus não entrou no homem criado até o cumprimento da plena redenção de Cristo.

De Três Partes

 

Deus criou o homem com a intenção de um dia entrar nele e de que o homem fosse capaz de recebê-Lo. Romanos 9 revela que o homem criado por Deus é um vaso com o propósito de conter algo. Assim como um copo é um recipiente para conter água, também o homem foi feito um recipiente para conter Deus.
Gênesis 2:7 nos diz como Deus fez o Homem. Primeiro, Ele fez o corpo do homem do pó da terra. Em seguida, Ele soprou o fôlego de vida para dentro das narinas desse corpo de barro, e o homem tornou-se uma alma vivente. Aqui neste versículo há o corpo, a alma e o fôlego de vida. A palavra em hebraico para fôlego em Gênesis é traduzida por "espírito" em Provérbios 20:27, o qual diz: "O espírito do homem é a lâmpada do Senhor”. Isso indica que o próprio fôlego de vida soprado para dentro de Adão era o espírito humano. Dois materiais, então, foram usados para formar o homem: o pó e a fôlego de vida. O pó tornou-se o corpo, e o fôlego de vida tornou-se o espírito. Quando estas duas coisas se juntaram, um subproduto surgiu: a alma. Assim, Paulo nos diz em 1 Tessalonicenses 5:23 que o ser humano é de três partes: espírito, alma e corpo.
Gênesis 1 nos diz que Deus criou o homem à Sua própria imagem e semelhança; foi assim para que ele pudesse conter Deus. Um recipiente deve ser do mesmo formato da coisa que ele conterá. Se algo é quadrado, você não faria um recipiente redondo para ele. Se algo é redondo, você não faria um recipiente quadrado para ele. O formato do recipiente é feito de acordo com o formato do conteúdo. O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus.
Gênesis 1 nos diz que todas as coisas criadas produziram frutos segundo a sua espécie (vs. 11, 12, 21, 24, 25). A macieira produz fruto segundo a sua espécie, e o tigre segundo a sua espécie. O homem foi feito segundo a espécie de Deus. Se duas árvores estão enxertadas juntas, elas devem ser da mesma espécie; do contrário, o enxerto não funcionará. Aleluia! O homem é da mesma espécie de Deus! Porque fomos criados segundo a espécie de Deus, com a intenção de que fôssemos enxertados juntos com Deus, esse "enxerto" funcionará e podemos tornar-nos um com Deus.

A Parte Crucial - O Espírito do Homem

 

Deus criou o homem com um espírito, embora na época da criação ele não tivesse a vida de Deus. Assim, a Bíblia nos diz: "Há um espírito no homem" (Jó 32:8). Vinte e dois anos atrás, quando comecei a ministrar neste país, dei mensagem após mensagem sobre o espírito humano. Muitos santos me disseram que eles nunca haviam escutado isso antes. Tanto Andrew Murray como à senhora Jesse Penn-Lewis enfatizaram o espírito. Deus nos criou não somente com uma boca e um estômago para receber alimento; Ele também nos criou com um espírito para recebê-Lo.
Dentro de um rádio existe um receptor. Sem o receptor, nenhuma das ondas radiofônicas que estão no ar poderia ser recebida pelo rádio. O nosso receptor para receber Deus é o nosso espírito. O Senhor Jesus disse em João 4:24: "Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Somente espírito pode adorar Espírito. Porque o próprio Deus é Espírito, Ele criou-nos com um propósito definido para que pudéssemos adorá-lo. adorá-Lo inclui contatá-lo, conversar com Ele e recebê-Lo. Ele vem para dentro de nós por entrar no nosso espírito.
Romanos 8:16 diz que o Espírito e o nosso espírito testificam juntos. Isso quer dizer que Espírito de Deus, ao crermos no Senhor Jesus, entra no nosso espírito. Em 1 Coríntios 6:17 diz: "Aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele". No começo da Bíblia, Deus preparou um homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança, e com um espírito para recebê-Lo, contê-Lo e expressá-Lo. Entretanto, na época da criação o homem não recebeu Deus, o Espírito divino, para dentro de seu espírito.
Todo ser humano tem a imagem de Deus, a semelhança de Deus e um espírito humano. Quando o evangelho nos alcançou, ele nos tocou a consciência, que é uma parte do espírito (Rm 8:16; 9:1). Por causa daquele toque, nosso espírito foi estimulado e nos arrependemos. Abrimos nosso ser interior para arrepender-nos, crer e receber o Senhor Jesus; Ele veio para dentro de nós e fomos salvos. Muitos pregadores do evangelho perguntam: "Você quer se abrir e convidar Jesus para entrar no seu coração?" Não há nada de errado com isso, mas para experimentar Cristo como nossa vida depois de salvos, precisamos saber que ele está agora em nosso espírito (2 Tm 4:22).
O propósito de Deus é a filiação, e a filiação é cumprida pelo dispensar do que Deus é para dentro de nós como nossa vida. Esse dispensar está em nosso espírito. João 3:6 diz: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”. Aqui estão novamente os dois espíritos. Não fomos regenerados na mente, nem no corpo. Nicodemos pensou que nascer de novo fosse tornar a nascer no corpo físico, mas o Senhor Jesus o corrigiu. Nascer de novo é nascer de Deus, o Espírito, em nosso espírito, não de nossos pais. Mesmo se pudéssemos voltar ao ventre de nossa mãe e nascer fisicamente cem vezes, nós ainda seríamos carne. Temos de nascer no nosso espírito do Espírito divino.
Zacarias 12:1 nos diz que existem três coisas cruciais na criação de Deus: o céu, a terra e o espírito do homem. Ali diz que Jeová é Aquele que "estendeu os céus, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro nele”. Quão grande é o nosso espírito! O céu é para a terra. Sem o céu, a terra não poderia ter nada orgânico. A terra é para o homem, e o homem é para Deus. Para o homem ser para Deus, ele precisa de um receptor. Esse receptor é nosso espírito humano. Louvado seja o Senhor por estarmos aqui sob o plano de Deus e em Seu plano; por termos sidos feitos por Ele à Sua imagem e semelhança; por termos um espírito para recebê-Lo; e por Ele, como o Espírito divino, ter entrado em nosso espírito humano, fazendo-nos Seus filhos para Sua expressão! Este é Seu plano.
(W. Lee. A Revelação Básica nas Escrituras Sagradas. Editora Árvore da Vida, 1991, Cap. 01, págs. 15-18). 

            CEAPE

As Três Partes do Homem




AS PARTES INTERIORES E
A PARTE ESCONDIDA

Prosseguiremos agora vendo os detalhes do vaso do Senhor. As partes interiores estão dentro da nossa alma, elas não são os membros exteriores do nosso corpo. Deus também disse que ele escreveria as Suas leis em nosso coração. O que, então, são as partes interiores, e o que é o coração?
Se compararmos Jeremias 31:33 com a citação em Hebreus 8:10, “Nas suas mentes imprimirei as minhas leis”, veremos uma pequena, mas importante variação. Jeremias diz “nas Suas partes interiores”, mas Hebreus o traduz “nas suas mentes”. Esta comparação prova que a mente é uma das partes interiores.
O termo “partes interiores” é usado mais de uma vez nas Escrituras. Por exemplo, Salmo 51:6 diz: “Eis que te comprazes na verdade nas partes interiores”. As partes interiores precisam ter verdade. Além das partes interiores, encontramos outra parte neste Salmo chamada “a parte escondida”: “e na parte escondida me fazes conhecer a sabedoria”. A verdade está nas partes interiores, mas a sabedoria está na parte escondida. Precisamos descobrir o que são estas partes interiores e o que é a parte escondida.

As Três Partes do Homem: Espírito, Alma e Corpo

Algumas passagens às quais iremos nos referir são bastante conhecidas. 1 Tessalonicenses 5:23 é um versículo que indica que somos tripartidos, ou possuímos três partes: o espírito, a alma e o corpo. Podemos ilustrar isto através de três círculos concêntricos:



Hebreus 4:12 também menciona o espírito e a alma, e o dividir dessas duas partes. Se quisermos conhecer Cristo e entrar Nele como a boa terra e como o descanso, temos de discernir o espírito da alma. O espírito é o próprio lugar da habitação de Cristo em nós. Assim, se quisermos conhecer Cristo de uma maneira experiencial, devemos discernir o nosso espírito da nossa alma. Este versículo menciona não apenas a diferença entre o espírito e a alma, mas também entre as juntas e medulas do corpo, e entre os pensamentos e propósitos do coração. A Palavra viva de Deus é um discernidor de todas essas coisas. Isto prova que se quisermos conhecer o Senhor de uma maneira prática e real, precisamos discernir todas essas partes. Que são os pensamentos e propósitos do coração? E quantas partes há no coração?
Em Lucas 1:46 e 47, a alma e o espírito são novamente distinguidos.
Filipenses 1:27 diz que precisamos ser de um só espírito, não o Espírito Santo, mas o espírito humano, e de uma só alma. Novamente este versículo mostra que há uma diferença entre o espírito e a alma.
Finalmente, Marcos 12:30 diz: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”. Aqui há quatro partes diferentes: o coração, a alma, a mente e força. Se colocarmos todos estes versículos juntos, perceberemos que existe um bom número de diferentes partes dentro de nós além das muitas partes do corpo.
1 Tessalonicenses 5:23 indica que somos espírito, alma e corpo, e o Salmo 51 revela as partes interiores com a parte escondida. As partes interiores são as partes da alma, o que se prova comparando-se Hebreus 8:10 com Jeremias 31:33, onde a “mente” é citada como uma variação de “as partes interiores”. Assim como as partes interiores devem ser as partes da alma, assim a parte escondida deve ser o espírito. De todas as nossas partes, o espírito é a mais escondida dentro de nós. Essa parte mais interior não está apenas escondida dentro do nosso corpo, mas está até mesmo escondida dentro da alma. Portanto, há as partes exteriores do corpo, as partes interiores da alma e a parte escondida do espírito.

 As Três Partes da Alma: Mente, Vontade e Emoção
 
Há três partes da alma e três partes do espírito. Precisamos descobrir o que são as três partes, tanto da alma como do espírito.   Além disso, também precisamos definir o coração.  1 Tessalonicenses 5:23 indica que somos um ser tripartido: espírito, alma e corpo, mas não menciona o coração. Que é o coração e como podemos relacioná-lo com as partes interiores e a parte escondida?
A Palavra de Deus prova clara e definitivamente que a alma consiste em três partes: a mente, à vontade e a emoção. A área hachurada na figura abaixo ilustra as partes da alma:




       Provérbios 2:10 sugere que a alma necessita do conhecimento. Veja Também Provérbios 19:2 e 24:14. Como o conhecimento é uma função da mente, isto prova que a mente é uma parte da alma. O Salmo 139:14 diz que a alma sabe. Saber é algo da mente, o que se novamente prova que a mente é uma parte da alma. O Salmo 13:2 diz que a alma considera e consulta, o que se refere à mente. Lamentações 3:20 indica que lembrança é da alma. Isto é, a alma pode lembrar coisas. Com esses versículos podemos ver que há uma parte da alma que sabe, considera e se lembra. Esta parte é chamada a mente.

A segunda parte da alma é à vontade. Jó 7:15 diz que a alma escolhe. Escolher algo é uma decisão feita pelo ato da vontade. Isto prova que a vontade deve ser uma parte da alma. Jó 6:7 diz que a alma recusa. Escolher e recusar são ambas funções da vontade. 1 Crônicas 22:19 diz: “disponde a vossa alma para buscardes”. Assim como colocamos as nossas mentes a pensar, também colocamos as nossas almas a buscar. Isto, naturalmente, é a alma tomando uma decisão, o que prova que a vontade deve ser uma parte da alma.
A emoção é a terceira parte da alma. A emoção apresenta muitos aspectos, por exemplo: amor, ódio, alegria, pesar, etc. Todas essas são expressões da emoção. Referências a amor são encontradas em 1 Samuel 18:1, Cantares 1:7 e o Salmo 42:1. Esses versículos mostram que o amor é alguma coisa na alma, provando, portanto, que dentro da alma existe tal órgão ou função como a emoção. Quanto a ódio, veja 2 Samuel 5:8, Salmo 107:18 (Hebr.) e Ezequiel 36:5 (Hebr.).
Esses versículos estabelecem a base para se constatar as três partes na alma: a mente, à vontade e a emoção. Nas Escrituras, é difícil encontrar qualquer parte adicional da alma, porque estas três partes abrangem todas as suas funções. A mente é a parte principal, seguida pela vontade e pela emoção. Esses são os versículos que melhor revelam o que são as três partes da alma.

As Três Partes do Espírito:
Consciência, Comunhão e Intuição

É interessante notar que há três Pessoas da Deidade, há três partes do ser humano, há três partes interiores da alma e também há três partes para o espírito. Todos são em três partes. As Escrituras também revelam três partes no tabernáculo, o edifício de Deus. Três é a configuração ou o número básico. Até mesmo na arca de Noé há três níveis. Com o tabernáculo, o número três é usado muitas vezes. Por exemplo, a largura de uma tábua é um côncavo e meio. Quando duas tábuas são colocadas juntas como um par, a largura total é três côvados. Isto significa que o número três é uma unidade completa.
Portanto, o espírito é uma unidade completa, composta de três partes ou funções: consciência, comunhão e intuição. A área hachurada na figura abaixo ilustra as partes do espírito:



É fácil de entender a consciência. Todos nós estamos familiarizados com ela. Perceber entre certo e errado é uma função da consciência. Condenar ou justificar é outra de suas funções. Também é fácil de compreender a comunhão. A comunhão é nossa comunhão com Deus. Dentro do nosso espírito, tal função torna possível contatarmos Deus. Numa palavra simples, comunhão é tocar Deus. Mas não é muito fácil entender a intuição. Intuição significa ter uma sensação ou conhecimento direto. Existe tal sensação direta em nosso espírito, a despeito de motivo, circunstância ou antecedente. É uma sensação sem razão de ser, uma sensação que não é  “racional”. É uma sensação vinda diretamente de Deus e um conhecimento vindo diretamente de Deus. Esta função é o que chamamos a intuição do espírito. Assim, o espírito é conhecido pelas funções da consciência, da comunhão e da intuição.
Mas essas três partes do espírito humano precisam ser embasadas pela Bíblia. A primeira referência que veremos está em Romanos 9:1: “... testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência”. Comparando Romanos 9:1 com Romanos 8:16, vemos que a consciência está localizada no espírito humano. Por um lado, o Espírito Santo testifica com o nosso espírito. Por outro lado, a nossa consciência testifica com o Espírito Santo. Isto prova que a consciência tem de ser uma função do nosso espírito. Em 1 Coríntios 5:3, o apóstolo Paulo diz que, em seu espírito, ele julgou uma pessoa pecaminosa. Julgar significa condenar ou justificar, que são ações da consciência. Mas o apóstolo diz: “no meu espírito eu julgo”. Isto confirma que a função de condenar ou justificar está no espírito; portanto, a consciência está no espírito. Esses versículos mostram a mais forte base para o fato de de que a função da consciência está no espírito humano.
Vamos prosseguir para achar base bíblica para a comunhão. Em primeiro lugar, João 4:24 nos diz que devemos adorar a Deus em nosso espírito. Adorar a Deus requer adoração em nosso espírito. Adorar a Deus é contatar Deus e ter comunhão com Deus. Esse versículo prova que a função de adorar ou de ter comunhão está em nosso espírito. Em Romanos 1:9, o apóstolo Paulo diz: “Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito”. Servir a Deus também é um tipo de comunhão com Deus. Assim, isso também prova que o orgão para comunhão está em nosso espírito. Romanos 7:6 deve ser acrescentado: “... de modo que servimos em novidade de espírito...”. Em outras palavras, serviço é essencialmente comunhão com o Senhor em nosso espírito.
Consideremos Efésios 6:18. O texto grego interlinear traduz este versículo assim: “orando sempre em espírito...”. Não há artigo antes de “espírito” e também não é maiúsculo. Não se refere ao Espírito Santo, mas ao nosso espírito humano. Orar significa Ter comunhão com Deus. Orar em espírito indica então que a comunhão com Deus é uma questão em nosso espírito. Lucas 1:47 diz: “E o meu espírito se alegrou em Deus...”. Isto significa que o espírito humano contatou Deus. Mais uma vez, comunhão com Deus é uma função no espírito. Em Romanos 8:16, “o próprio Espírito testifica com o nosso espírito”. Este versículo é muito claro, porque ele mostra que a comunhão com Deus deve ser tanto em nosso espírito como no Espírito de Deus. A Primeira Epístola aos Coríntios 6:17 diz: “Aquele que se une ao Senhor é um espírito”. Verdadeira comunhão significa que nós nos tornamos um espírito com o Senhor. Esta comunhão é no espírito. Todos esses versículos são suficientes para provar que a função da comunhão está em nosso espírito.
E a intuição? Embora seja difícil encontrar base bíblica para esta função, existem alguns versículos. A Primeira Epístola aos Coríntios 2:11 revela que o espírito do homem pode saber o que a alma não pode. Nosso espírito pode discernir aquilo que a alma não pode. Isto prova que alguma coisa a mais está em nosso espírito. A nossa alma pode conhecer as coisas pela razão e por experiências circunstanciais, mas o espírito humano pode discernir as coisas sem utilizar estes meios. Este sentir direto mostra que a intuição está em nosso espírito. Temos também Marcos 2:8, que diz: “... percebendo logo por Seu espírito”. Marcos 8:12 diz: “E, suspirando profundamente em seu espírito”. Em João 11:33 “moveu-se muito em espírito”. Perceber, gemer e movermo-nos em nosso espírito vêm de uma sensação direta de discernimento, o qual não depende da razão. A isto nós chamamos de intuição, a terceira função do nosso espírito.
Agora temos a base bíblica para estas seis partes: a três partes da alma e as três partes do espírito.

As Quatro Partes do Coração:
Mente, Vontade, Emoção e Consciência

          O que, então, é o coração? O coração não é uma parte separada adicionada à alma e ao espírito, mas uma composição de todas as partes da alma mais a primeira parte do espírito. Inclui a mente, a vontade e a emoção e, ainda, uma parte do espírito: a consciência. A área hachurada no diagrama abaixo ilustra as partes que compõem o coração:



 
O homem não tem mais do que três partes principais em todo o seu ser. Como um ser humano, temos um corpo, uma alma e um espírito. Não temos uma quarta parte separada tal como o coração.
Agora, precisamos confirmar que a mente, a primeira parte da alma, é uma parte do coração. Mateus 9:4 diz: "Por que pensais mal em vossos corações?". Portanto, no coração pode-se pensar. Como os processos do pensamento estão na mente, isto prova que a mente é uma parte do coração. Gênesis 6:5: "... dos pensamentos do seu coração". Os pensamentos são algo da mente, mas Gênesis 6:5 menciona os pensamentos do coração. O mesmo é visto em Hebreus 4:12: "os pensamentos... do coração". Estas três passagens são ampla prova de que a mente, um órgão da alma, é uma parte do coração.
Vemos a vontade em Atos 11:23: "firmeza de coração", ou "propósito do coração". O propósito é uma função da vontade, mas em Atos ela aparece com algo do coração. Isso mostra que a vontade também é uma parte do coração. Hebreus 4:12 fala das "intenções (propósitos) do coração". As intenções correspondem aos propósitos, que são coisas da vontade. Novamente, isso prova que a vontade é uma parte do coração. Há mais versículos, mas esses dois são suficientes. Para citar o padrão da Bíblia, somente duas testemunhas são requeridas.
A emoção é encontrada em João 16:22: "vosso coração se alegrará". Alegrar-se é um elemento das emoções, mas aqui o Senhor diz que o coração se alegra. Portanto, isso confirma que a emoção também é uma parte do coração. No mesmo capítulo, o Senhor diz: "tristeza encheu o vosso coração" (v.6). Tristeza também é algo da emoção. Assim, estes dois versículos mostram que a emoção também é uma parte do coração.
Concernente à consciência, Hebreus 10:22 diz: "tendo os corações purificados da má consciência". Assim vemos que a consciência tem muito a ver com o coração. Se quisermos ter um coração puro, devemos ter uma consciência sem ofensa. A nossa consciência precisa ser purificada para termos um coração puro. Assim, sem nenhuma dúvida, a consciência é uma parte do coração. 1 João 3:20 menciona que "nosso coração nos condena". Condenar é uma função da consciência. Assim, este versículo prova que consciência também é uma parte do coração.
A base bíblica foi assim colocada para provar que todas as partes da alma e a primeira parte do espírito – as quatro partes: a mente, à vontade, a emoção e a consciência – compostas juntas, eqüivalem ao coração (Rm 2:15). 
(W. Lee. A Economia de Deus. Editora Árvore da Vida, 1989, Cap. 06, pags. 59-68).


CEAPE 



Estudo Panorâmico da Bíblia - As Epístolas de João, Judas e Apocalipse de João




1ª LIVRO DE JOÃO

Esta epístola foi escrita para os crentes em geral que receberam a vida de Deus por ter crido no Seu Filho. A epístola foi escrito por volta dos años 90 d. C. e 95 d. C., depois que retornou do exílio na ilha de Patmos e deve ter sido escrito em Éfeso, onde o apóstolo ministrou em seus últimos dias.
As epístolas de João, especialmente a primeira, o tema central é o mistério da comunhão divina que tem se manifestado entre os crentes, a saber, a comunhão que os crentes tinham com Deus e uns com os outros. Apesar de sermos de diferentes raças, cores e nacionalidades, desfrutamos de uma só comunhão na vida divina, a qual tem sido manifestada, este é o mistério da comunhão da vida divina.
A primeira epístola de 1 João há três seções principais: A comunhão da vida divina (1 Jo. 1:1- 2:11), o ensinamento da unção divina ( 2:12-27) e as virtudes do nascimento divino. Primeiro João mostra que na vida divina desfrutamos da comunhão que está quando desfrutamos dos ensinamentos da unção divina. Em seguida, ele indica que a comunhão da vida divina e os ensinamentos da unção nos introduzem as virtudes do nascimento divino. E na terceira seção vemos quanto desfrutamos no nascimento divino, somente mediante a comunhão divina, e os ensinamentos da unção divina podemos experimentar e desfrutar de todas as virtudes que tem sido dadas por meio do nascimento divino.

2º LIVRO DE JOÃO

A epístola de 2ª João proíbe de participar de qualquer ensinamento herético a respeito da Pessoa de Cristo. No versículo 10 diz: “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas.” Nesta epístola João nos adverte para não receber qualquer um que nega a verdade sobre a divindade e a encarnação de Cristo.
Na introdução ( 2ª Jo. 1-2) João fala de amarmos com veracidade e a causa da verdade. E no versículo 3 o apóstolo saúda e abençoa os fiéis com graça, misericórdia e paz, baseado na verdade e amor. E nos versículos de 4-6 ele fala com respeito a andar na verdade e no amor. De 7- 11 fala a respeito de não participar de nenhuma heresia, e a conclusão, de 12-13, João expressa sua esperança de ter uma comunhão mais íntima e assim ter mais gozo e envia saudações.

3ª LIVRO DE JOÃO

Tanto 2ª João e 3ª João se baseiam em 1ª João. 2 João fala a respeito de não participarmos de qualquer ensinamento que envolve heresia e 3 nos  encoraja a ajudarmos os colaboradores coma  verdade, devemos nos unir a todos aqueles que estão sendo um com Deus, na sua divindade e trindade, devemos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que essa Obra redentora cresça.
A introdução (versículos 1-4) João fala de amar com veracidade, de prosperar em todas as coisas e na saúde e de andar na verdade. Nos versículos de 5 a 8 fala de hospedar mesmo os estrangeiros com fidelidade, amor e uma vida digna de Deus para aqueles que trabalham na verdade. Nos versículos de 9-12 João fala de não imitar o mal, mas bom, e dá dois exemplos: o Diótrefes, um irmão que se exalta e Demétrio, que é saudado como um exemplo de bom. nos versículos 13-14 João exprime na conclusão saudações, sua esperança de uma maior comunhão e saudações afetuosas.

 LIVRO DE JUDAS

Judas assim como Tiago era irmão de Cristo na carne, provavelmente foi escrito em Jerusalém da Judéia e foi escrito aos crentes Judeus.
Temos de aprender com os livros de Judas e 2 Pedro temer a Deus e ser muito cuidadosos  com a Pessoa do Senhor e Sua obra redentora, como estamos vivendo em uma era perversa, e os jovens especial devem estar em alerta, todos devemos ter um entendimento básico da Palavra de Deus, pois Sua palavra é que nos protegerá.

LIVRO DE APOCALIPSE

Os escritos de João estão divididos em seu evangelho, suas epístolas e Apocalipse. O apóstolo escreveu este livro as sete igrejas da Ásia, por volta do ano 90 d. C. e estava exilado na Ilha de Patmos. Nessa última parte de seus escritos vemos a colheita da vida divina.
Apocalipse é um livro de conclusão, se ele não existisse na Bíblia, haveria um vazio, pois a Bíblia tem o princípio, mas não teria o final. Apocalipse é a consumação da economia de Deus e a revelação dessa economia.
Este livro é primeiramente a respeito de Cristo, depois a respeito da Igreja e por último a economia de Deus. Vários aspectos de Cristo nunca haviam sido revelados da maneira como vemos em Apocalipse, por exemplo: A visão de que Cristo é o Sumo Sacerdote que está no meio das igrejas, a visão de Cristo como o Leão-Cordeiro que está no trono de Deus e em meio aos quatro seres viventes e muitos outros aspectos de Cristo. Em nenhum outro livro Cristo é revelado como em Apocalipse.
Por um lado, este livro nos apresenta a “Revelação de Jesus Cristo” e por outro nos mostra o “testemunho de Jesus”, o qual é específico e consumado. O testemunho de Jesus consiste em: a grande multidão de redimidos, a mulher vestida de sol com o filho varão, os vencedores em pé sob o mar de vidro, a noiva ataviada, o exército de Cristo e a Nova Jerusalém. E a revelação inclui também a economia de Deus, que é Sua administração universal e eterna, essa administração leva a cabo Sua economia e espaço e o tempo dessa administração é eterna, que é bem dividida, primeiro são os sete selos; logo após são as sete trombetas; depois os Ais e enfim os sete flagelos.


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